O rapaz do caixote de madeira é mais uma história sobre a 2ª Guerra
Mundial, mais uma história sobre o Holocausto. Mas este testemunho lê-se muito
bem, uma narração clara, objetiva, cheia de sensibilidade.
Acompanhamos
Leon Leysen desde a sua infância feliz numa aldeia polaca até aos anos de
ocupação nazi, a vida no gueto de Cracóvia, nos campos de concentração de
Plaszów, Gross-Rosen, na fábrica de Schindler. Leon conta as dificuldades que teve
que enfrentar, como sobreviveu ao medo, à fome, ao frio, à separação da sua família,
aos trabalhos forçados, às humilhações e violência de muitos alemães nazis.
Estas vivências são relatadas entre os 10 e os 15 anos.
Depois
de ler esta obra, pergunto-me de novo como foi possível existir tanto ódio,
tanta falta de humanidade. Quantas maldades o homem pode cometer!
Mas
nesta obra, há também o lado bom. É o caso da descrição de Oskar Schindler que
salvou tantos judeus e um desses judeus era Leon Leyson, o mais novo da Lista
de Schindler. É também a força do narrador que nunca desiste de sobreviver e de
encontrar a família e que, no inferno em que é condenado a viver, encontra
sempre pequenas coisas para valorizar.
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