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terça-feira, 23 de abril de 2019

Dia Mundial do Livro 2019

Teresa Calçada, comissária do Plano Nacional de Leitura: “A educação sai cara, mas a ignorância é muito mais cara”

O livro é, ainda hoje, um dos objetos mais revolucionários que o Homem foi capaz de inventar. Nenhum outro consegue congregar tecnologia, arte, conhecimento a um preço tão reduzido. Mas mais do que tudo, nenhum outro pode, como o livro, ser uma alavanca contra a pobreza, a exclusão social, a desesperança, a servidão. Hoje, quando somos assolados por solicitações de toda a ordem, ler um livro torna-se a pouco e pouco um ato de rebeldia e uma manifestação de saúde mental. Sabe-se que quanto maior for o grau de literacia maior é a capacidade de produzir riqueza material e imaterial, maior é a independência e a capacidade de responder aos desafios do mundo e da vida.
[...]
E, no entanto, ler é, hoje em dia, um dos gestos mais rebeldes que se podem ter, porque quando estamos a ler temos obrigatoriamente que desligar desse mundo que a todo o instante nos solicita a atenção, o tempo, a disponibilidade mental.Estamos sempre a ser solicitados, comprados, induzidos, manipulados. É uma servidão da qual o ato de ler nos permite libertar. Isto não é fácil de perceber pelas crianças e adolescentes, mas cabe à escola, aos país, aos professores, à sociedade ajudá-los a perceber isso. Mas, de facto, a melhor forma de atingir o alvo é tornar o livro atrativo entre pares, entre amigos, entre colegas, entre namorados. São os miúdos que têm que chamar uns aos outros a atenção para um livro ou para um filme, para um escritor, mesmo que seja para mostrar desagrado. Isso é crescer e criar proximidades a partir de uma solidão qualificada. Infelizmente, o livro como instrumento de crescimento passou a ser usado apenas por uma elite. A escola massificou o uso do livro mas não os verdadeiros leitores. Nem todos têm que ser grandes leitores, mas se muitos perceberem aquilo que têm a ganhar com a leitura já teremos cumprido parte importante da nossa missão.

Leia o artigo completo em Observador.pt


quarta-feira, 17 de abril de 2019

Maria Alberta Menéres

Maria Alberta Rovisco Garcia Menéres nasceu em Vila Nova de Gaia, em 25 de agosto de 1930. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário, nas disciplinas de Língua Portuguesa e História, de 1965 a 1973.
Autora de mais de 100 livros infanto-juvenis, encontram-se entre as suas principais obras “Ulisses”, editada pela primeira vez em 1970, que conta já 45 edições e da qual vendeu mais de um milhão de exemplares. Destaca-se ainda a coleção “1001 Detectives”, da qual se editaram 16 títulos, entre 1987 e 1993, “Um Peixe no Ar” e “Um Camaleão na Gaveta”.
Contine o artigo em Observador.pt

Maria Alberta Menéres


As Pedras


As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.

Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.

Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.

Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.

Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.

As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.




terça-feira, 16 de abril de 2019

Fernando Namora - Centenário

A Câmara Municipal de Condeixa iniciou dia 15 de abril o programa comemorativo do centenário de Fernando Namora que terminia dia 15 de abril de 2020.
Na sessão de comemoração do centenário do nascimento de Fernando Namora, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que vai condecorar a título póstumo com a Grã-Cruzda Ordem da Liberdade o escritor.
O  nosso Agrupamento, como forma de homenagear o nosso patrono, participou na concurso Um olhar sobre Fernando Namora, dinamizado pela Câmara Municipal de Condeixa e o Agrupamento de Escolas de Condeixa.


Tudo na vida está em esquecer o dia que passa.
Não importa que hoje seja qualquer coisa triste,
um cedro, areias, raízes,
ou asa de anjo
caída num paul. 
O navio que passou além da barra
já não lembra a barra.
Tu o olhas nas estranhas águas que ele há-de sulcar
e nas estranhas gentes que o esperam em estranhos portos.
Hoje corre-te um rio dos olhos
e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim
e que há certezas, firmes e belas,
que nem os olhos vesgos
podem negar.
Hoje é o dia de amanhã.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Momentos da Semana da Leitura 2019



Exposição "Raconte-moi ton école"

Fernando Namora
Biografias de instrumentos






concurso de Leitura Expressiva

Encontro com o escritor/poeta Luís Perdigão


Performance teatral AP12



"O que andamos Ler"

Les phrases en Puzzle


Encontro com a escritora Pat R.