Pesquisar neste blogue

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

No Centenário de Eugénio de Andrade, um poema de amor.

 Foi para ti que criei as rosas.

 

 Foi para ti que criei as rosas.

Foi para ti que lhes dei perfume.

Para ti rasguei ribeiros

e dei às romãs a cor do lume.

 

Foi para ti que pus no céu a lua

e o verde mais verde nos pinhais.

Foi para ti que deitei no chão

um corpo aberto como os animais.  

 

In: As Mãos e os Frutos (1948)

Sem comentários:

Enviar um comentário