A tradição das Festas de Lisboa
mistura-se com a história da própria cidade. Das celebrações pagãs aos tronos
de Santo António, os arraiais não foram sempre os mesmos.
António Miranda, em “Ai! Vai Lisboa… Com
as marchas populares”, defende que as origens estão em “ancestrais cultos
pagãos”. E não é o primeiro (e nem o último). Os arqueólogos José Leite de
Vasconcelos e Luís Chaves, que viveram na primeira metade do século XX,
chegaram mesmo a debruçar-se sobre as semelhanças entre alguns atributos e
práticas de culto de Santo António e velhos ritos pagãos. Teófilo Braga fez o
mesmo. De acordo com Miranda, “desde tempos remotos que o mês de junho é
cenário para festividades coletivas e popularmente vividas por todo o país”.
Durante estas, relacionadas com o solstício e as colheitas de verão, fazia-se uma
grande fogueira, dançava-se e cantava-se, muito à semelhança do que se faz
ainda hoje em Lisboa e noutras zonas do país na altura dos Santos Populares.
Nada disto é certo e a dúvida, como
refere autor, irá sempre persistir. O que parece óbvio para todos é que as
Festas de Santo António conseguiram persistir ao longo dos tempos,
independentemente do evento que lhes deu origem. Perdem-se no tempo e
misturam-se com a história da própria cidade.
[...]
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