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O
1.º de Maio é também um dia das mulheres e das minorias. A memória viva dos
“mártires de Chicago” foi durante décadas Lucy Parsons, uma oradora inflamada
que era viúva de um dos enforcados, Albert Parsons, que com ela tinha vindo do
Texas. A figura de Lucy Parsons destacava-se na sociedade norte-americana de
então: tendo provavelmente nascido escrava, era descendente de africanos e de
mexicanos. O casamento “misto” desta jovem mulher mestiça com Albert Parsons
tinha sido motivo de escândalo. A luta pela diminuição do horário de trabalho,
em que ambos se empenharam, não estava separada das lutas pelos direitos das
minorias e pelo simples direito a amar e a ser feliz.
Do
1.º de Maio nasceu um movimento sem fronteiras e, como diríamos hoje (e muitos
diziam já então), cosmopolita. Foi logo no ano seguinte, 1887, que a II.ª
Internacional proclamou o dia 1.º de Maio como Dia do Trabalhador...
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