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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Portugueses costumam ler um livro por ano


fev, 2020 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

Há quanto tempo não lê um bom livro? E quanto tempo passa por dia no Facebook? Ao que parece, lemos muito pouco e passamos demasiado tempo ao telemóvel.
Um livro é uma excelente companhia.
C.S. Lewis disse que "nós lemos para que saibamos que não estamos sozinhos" e Airton Ortiz completa esta ideia com outra bem interessante. "Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos".
Até Bill Gates, o antigo homem forte da Microsoft, que há mais de 30 anos anteviu a revolução digital, disse que os seus filhos teriam computadores, mas, antes disso, teriam livros.
Numa altura em que passamos tanto tempo com o queixo apontado ao peito e com os dedos plantados em cima do ecrã do telemóvel, talvez fosse melhor trocar parte dos 50 minutos que passamos, em média, todos os dias, no Facebook por uns minutos de leitura, de preferência a folhear um livro com capa e páginas de papel.
Claro que pode sempre optar pelo e-book, mas corre o sério risco de divergir, outra vez, para as redes sociais.
No meio de tudo isto, qual é o lugar dos livros nas nossas vidas? Vamos aos números. Em 2018 foram comprados 11,7 milhões de livros em Portugal, sem contar com os manuais escolares.
Cada português compra pouco mais de um livro por ano. E 40% dos portugueses leem, apenas, um livro por ano.
Entre 2009, o ano do início da crise, e 2018 venderam-se menos três milhões de livros. Não somos lá muito amigos da leitura!
Reservamos 1,1% do nosso orçamento para compra de livros, deve ser das poucas percentagens em que estamos alinhados com a média europeia e não pelas melhores razões.
Talvez Portugal devesse pôr os olhos na América, sobretudo nos mais jovens. De acordo com a empresa de sondagens Gallup, em 2019, os americanos preferiram frequentar bibliotecas públicas em vez de irem ao cinema, ou aos museus, ou a espetáculos desportivos.
Em média, 10,5 visitas a bibliotecas públicas ao longo de 2019.
É claro que, num número médio, há diferenças que variam em função da idade e do sexo. As mulheres foram 13,4 vezes, os homens 7,5.
E enquanto os inquiridos entre os 18 e os 29 foram, em média 15,5 vezes às bibliotecas, já a faixa dos 50 aos 64 não foi além das 6,8 visitas.
Estes números parecem confirmar uma tendência.
Em 2017, o Fact Tank do Pew Research Center, indicava que só 46% dos adultos norte-americanos frequentavam bibliotecas.
No entanto, só os millenials, ou seja, a geração entre os 18 e os 30 anos, representava 53% do total das visitas presenciais - 41% foram à biblioteca através da internet.

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